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História da Arte
Vincent Van Gogh, 1887, 59 x 81 cm, Óleo sobre tela, Yale University Art Gallery, New Haven, EUA
Vincent Van Gogh, 1887, 59 x 81 cm, Óleo sobre tela, Yale University Art Gallery, New Haven, EUA
Van Gogh:
a pintura do deslumbramento
Período holandês e parisiense
CURSO ONLINE GRATUITO
Van Gogh disputa com figuras como Da Vinci, Michelangelo e Picasso o título de artista mais conhecido pelo grande público. Não só suas obras tem um apelo praticamente global, mas sua trajetória de vida também contribuiu de maneira decisiva para uma fama que já dura mais de um século.
O presente curso online se debruça sobre o percurso artístico do pintor aliando a análise de sua produção - que inclui desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas - com um estudo de sua biografia. Serão examinadas, também, as diversas influências – no campo das artes visuais e da literatura - que moldaram o estilo e a atitude de Van Gogh.
Nascido na Holanda, a vida de Vincent é marcada por uma peregrinação constante. O curso culminará com a estadia do pintor em Paris, momento em que sua pintura passará por uma mudança radical. Tal transformação se dá graças ao contato com as tendências vanguardistas, como o Impressionismo e o Pontilhismo, e, sobretudo, com a arte japonesa, cujo impacto no Ocidente – e especialmente, na França – será analisado de forma detalhada.
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I. Origens do Moderno
"A modernidade é o transitório, o efêmero, o contingente; é a metade da arte, sendo a outra metade o eterno e o imutável. Sem dúvida é excelente estudar os antigos para aprender a pintar, mas isso não passa de um exercício supérfluo se nós quisermos compreender a beleza dos dias de hoje."
(Charles Baudelaire, O pintor da vida moderna, 1863)
Por volta da metade do século XIX uma transformação profunda e irreversível se iniciou no domínio das artes e com ela uma tradição de quatro séculos foi, pela primeira vez, contestada de maneira significativa.
Novas gerações de artistas passaram, finalmente, a repudiar a noção de que seu aprendizado e suas criações deveriam se orientar, acima de tudo, pelo passado. Queriam representar o presente, o mundo ao seu redor, as experiências e os sentimentos do seu dia a dia.
Romper com o que veio antes, entretanto, significa perder um norte. Quais temas esses jovens artistas iriam retratar? E como traduziriam em seus trabalhos a modernidade dos novos tempos? A resposta a essas perguntas é o mote que guia este curso.
Pierre-Auguste Renoir, 1869, 66 x 81 cm, Óleo sobre tela, Nationalmuseum, Estocolmo, Suécia
Berthe Morisot, 1876, 65 x 54 cm, Óleo sobre tela, Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, Madrid
Vincent Van Gogh, 1888, 54 x 65 cm, Óleo sobre tela, Kröller-Müller Museum, Otterlo, Holanda
Pierre-Auguste Renoir, 1869, 66 x 81 cm, Óleo sobre tela, Nationalmuseum, Estocolmo, Suécia
Detalhe de imagem pintada por Simone Martini para decorar o frontispício de um manuscrito contendo vários poemas de Virgílio. O manuscrito era de propriedade do poeta renascentista Francesco Petrarca. c. 1336-40, Veneranda Biblioteca Ambrosiana, Milão
Giotto di Bondone, c. 1305, Afresco, Capela Scrovegni, Pádua
Detalhe de imagem pintada por Simone Martini para decorar o frontispício de um manuscrito contendo vários poemas de Virgílio. O manuscrito era de propriedade do poeta renascentista Francesco Petrarca. c. 1336-40, Veneranda Biblioteca Ambrosiana, Milão
"Uma vez que nossos artistas tenham visto como a arte atingiu o ápice da perfeição [na Antiguidade] após um começo tão humilde, e como ela caiu em completa ruína de uma altura tão nobre, ficará mais fácil para eles reconhecer o progresso do renascimento da arte e o estado de perfeição ao qual ela se elevou novamente em nossos próprios tempos..."
(Giorgio Vasari, As vidas dos mais excelentes pintores, escultores e arquiteto, 1568)
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